terça-feira, 7 de abril de 2015

Artigo - Você quer mesmo deixar o Brasil? Tem certeza?

Venho trabalhando com intercâmbios no Canadá, desde que voltei de lá em 2013.
É muito bom ver como muitas pessoas ainda sonham em ir a um país estudar e desenvolver suas capacidades para melhor se adaptarem ao mundo de hoje.
Os perfis são diversos.

Mas muitos, muitos mesmo, querem definitivamente ir embora.
Ir embora do Brasil significa vislumbrar vida nova. Viver em lugares melhores, mais seguros e onde os impostos são de fato revertidos em benefícios ou qualidade de vida.

O Brasil passa, mais uma vez, por momentos difíceis 
Existem milhares de trabalhadores sem emprego e outros com medo de perderem seus postos de trabalho. Motivos não faltam.
Existem necessidades de trabalhadores em diversos países do mundo, como o Canadá e a Austrália, que oferecem qualidade de vida, emprego mas nada é assim tão fácil.
O Canadá, por exemplo, desde 2011 avisa alguns não qualificados que, se não se encaixarem às necessidades do país, serão deportados.

Eu morei diversos anos fora do Brasil, mas não como imigrante. Sempre quis e pensei em voltar. Tem pessoas que não me entendem: "por que voltar?"

Este artigo ajudará a você a pensar um pouco e avaliar sua situação, por que cada caso é um caso. 

Boa leitura!

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Você quer mesmo deixar o Brasil? Tem certeza?

Tania Menai - 6 de abril de 2015
Tania Menai, jornalista brasileira, vivendo há 20 anos em Nova York, fala sobre as alegrias e os desafios da expatriação. (Spoiler: morar em outro país não é para todo mundo.)

Por Tania Menai

Tania Menai, jornalista brasileira, vivendo há 20 anos em Nova York, fala sobre as alegrias e os desafios da expatriação. (Spoiler: morar em outro país não é para todo mundo.)Ontem recebi um email dando boas-vindas a um novo estudante na turma de pré-jardim de infância da minha filha, de quatro anos. Muitos pais responderam o email com mensagens acolhedoras e animadas – então o pai do novo menino escreveu de volta, agradecendo o carinho e enviando uma foto da família. Mas avisou: “sou o mais alto.” Ali estava uma família de dois homens negros e um lindo menino. Mostrei a foto para minha filha e disse: “este é o seu novo amiguinho da escola!” Ela sorriu, disse que ele parecia com um outro coleguinha, e voltou a brincar. Nós somos brancas – e judias. Nossa escola é pública.

A combinação de três aspectos desse episódio provavelmente, e infelizmente, seria improvável no Brasil, ou pelo menos na Zona Sul carioca, onde fui criada: (1) escola pública, (2) um casal de dois homens negros, pais de um menino e (3) minha filha na mesma turma que ele. No entanto, moramos no Brooklyn, em Nova York. E a vida aqui é assim. Bem-vindo ao avesso do que você conhece.

Há quase 20 anos cheguei em Manhattan para ficar três meses. Desde então, nunca fui abordada por tantos brasileiros de classe média (e de classe média alta) querendo deixar o Brasil, como nos últimos cinco meses. O que mais me choca? Não são os cidadãos mais humildes, aqueles dos quais já esperamos uma insatisfação concreta e uma busca por uma vida melhor, a qualquer preço. Tenho falado com pessoas na faixa dos 40 anos, com apartamentos (e que apartamentos!) próprios, carreira sólida, filhos na escola, carros na garagem. Pensam em largar tudo e trocar de país, para dar um futuro melhor para os filhos.
A jornada de expatriação deles seria diferente da minha: cheguei com uma mala pequena, fiz um curso, que acabou em estágio, seguido de emprego, uma carreira como correspondente para a mídia brasileira, alguns livros, um Green Card, um casamento, uma filha. Nada foi planejado: vim jovem, sem nada a perder, tendo uma família sólida no Brasil, para onde sempre poderia voltar. Então decidi por essa cidade fértil, ao mesmo tempo difícil, onde todo dia você começa o dia comendo desafios no café da manhã.

Nova York é tão internacional que só me senti mergulhando na cultura americana quando minha filha entrou para a escola e passei a conviver com outras mães: é tudo do avesso e de cabeça para baixo. Se por um lado amo não ter babá, por outro me arrepio com o mundo da pizza de um dólar no almoço, e entro em parafuso quando escuto que “beijos espalham germes”.
Se você tem porteiro, empregada, motorista, babá , folguista e despachante, pense antes de fazer as malas e tirar os filhos da escola, rumo ao exterior. Para sair o Brasil, você precisará rever alguns valores.
Sair da zona de conforto é sempre bom. Viver no país da meritocracia é uma delícia. E mostrar um outro lado da vida para os filhos (e eu não estou falando da Disney, senhoras e senhores) é um privilégio. Um dos grandes aprendizados que meus pais me proporcionaram foi viver (sem eles) por dois meses em um kibutz em Israel, aos 17 anos. 
Eu trabalhava em uma fábrica de alimentos de soja (na época, o mundo desconhecia a soja; hoje, esse grão vale milhões): levantava às quatro da manhã, no inverno, e fazia de tudo. Um dia, um gerente me deu um balde e disse para eu tirar os resíduos de soja dos ralos. Perguntei a ele: “por que eu?”. Ele respondeu: “por que não você?”

Esse foi um enorme aprendizado para alguém que nasceu num sistema Casa Grande/Senzala, que o Brasil cultiva até hoje, a ponto de ter se tornado invisível para a maior parte dos brasileiros. Se você tem porteiro, empregada, motorista, babá , folguista e despachante, pense antes de fazer as malas e tirar os filhos da escola, rumo ao exterior. Para sair o Brasil, você precisará rever alguns valores. Talvez seja bacana fazer estas perguntas para si, e para quem você estiver pensando em trazer consigo, antes de tomar a decisão de colocar sua mudança num container:

1. Qual cidade a que você se adaptaria melhor? Você encara neve e inverno de bom-humor? Gosta de competitividade? Prefere uma cidade tranquila?


2. Qual a sua definição de sucesso? Ser o presidente de uma empresa ou poder chegar cedo em casa e jantar com os filhos? Fazer o que você ama sem ganhar muito ou se sujeitar a um trabalho desinteressante ou estressante para garantir um bom salário? Se você já tem uma carreira estabelecida no Brasil, é muito provável que  tenha de dar um ou dois ou três passos atrás em um novo país. Você está disposto a isso?

3. Caso você emigre para um país de língua estrangeira: você fala e escreve inglês? Você fala e escreve espanhol? Português é lindo, o Tom Jobim é famoso e as Havaianas já conquistaram o mundo. Mas a nossa língua, infelizmente, não nos leva muito longe. Sim, há exceções. Você pode trabalhar em empresas brasileiras. Ainda assim, o mundo em volta não fala português.

4. Você tem família no Brasil? Pais vivos? Eles precisam de você? Uma das tristezas de morar fora é ver nossos pais envelhecendo sem a nossa presença. Pense bem nisso.

5. Adaptabilidade é uma das maiores virtudes das “pessoas do mundo”. Qual a sua capacidade de se adaptar a novas rotinas e culturas?



6. Você é casado? Seu marido ou mulher são abertos a mudanças? Estão com a mesma vontade de emigrar? Vivem sem feijoada, futebol e churrasco? Há pessoas que não conseguem abrir mão de alguns hábitos, e têm dificuldade de enxergar as coisas boas do novo país. São os chamados “impermeáveis”: a cultura nova não entra de jeito nenhum. E isso é um problema gravíssimo, que pode acabar em depressão e isolamento.
O Brasil, não posso esquecer, recebeu meus quatro avós, vindos da Alemanha, do Líbano e da Síria. Nessas duas gerações, nosso país deixou de abraçar levas de imigrantes para exportar gente mundo afora. Não se engane: todo mundo sente falta do pão de queijo, da afetividade, da música brasileira. A saudade, no entanto, termina, muitas vezes, na boca do guichê do consulado brasileiro, onde sempre falta uma cópia autenticada de um documento que não serve para nada. Escrevi um livro que reúne depoimentos em primeira pessoa de 23 brasileiros que se mudaram para Nova York. Eles vieram de todos os cantos e origens sociais, mas têm uma característica em comum: a persistência.
Um deles, o fotógrafo Vik Muniz, ressalta que “não existe Shangrilá”. Mesmo emigrando, você vai reclamar de algum aspecto na nova morada. E, depois ou durante uma experiência no exterior, é importante devolver algo ao Brasil. Seja em forma de filantropia, de investimento que gere empregos, ou voltando para melhorar algo que pode ser melhorado. Por fim: nunca espere que o governo (seja esta lástima atual ou qualquer outro) faça algo por nós ou em nosso lugar. Regra que vale para qualquer lugar do mundo. Mas, especialmente no Brasil, já aprendemos que isso é esperar demais.

Tania Menai é jornalista, escreve para diversas publicações brasileiras e acaba de lançar a Anáma Films, para contar histórias de famílias. Autora do blog “Só em Nova York”, na Revista TPM, ela também colabora para o blog “Tudo sobre Minha Mãe”. Seu livro “Nova York do Oiapoque ao Chuí – relatos de brasileiros na cidade que nunca dorme” está esgotado, mas é vendido no exterior via o site do livro, no Brasil via editora (telefone!), ou pessoalmente no Le P´tit Café, no Rio de Janeiro. - See more at: http://projetodraft.com/voce-quer-mesmo-deixar-o-brasil-tem-certeza/#sthash.Lrzfum5D.dpuf

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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Série Canadá - Alguns motivos para escolher Montreal, no Canadá

(do BLOG de Viagens www.pelaminhavidraca.blogspot.com.br)
Oldrown e a Praça Jacques Cartier
 - a primeira de Montreal - 1630

Você está pensando em estudar no Canadá?

Gosta da ideia mas sabe pouco sobre o país?
Prefere Vancouver ou Toronto? Ou gostaria de ir a Montreal?
Qual a diferença entre essas cidades?
Está querendo ir mas não sabe que roupa levar? Qual a melhor época?
Acha que vai passar "fome" até se acostumar com a comida?
Quer mais dicas para iniciar a grande virada de sua vida?
Leia este pequeno artigo, objetivo e que pode dar início a sua decisão.

Aqui vão algumas dicas e razões para você optar pelo Canadá.

 1. MENOS BUROCRACIA

O Canadá é um dos países que mais recebe imigrantes do mundo.
Existe uma "certa" facilidade de obter o visto, se compararmos com outros países. O povo canadense convive muito bem com os estrangeiros. Está acostumado e entende que o país precisa deles. A taxa de natalidade do país é muito baixa e, não apenas os imigrantes, mas os diversos estudantes que vão ao Canadá, sentem muita facilidade de se viver por lá. Neste ano, o Canadá facilitou ainda mais a chegada de estrangeiros, atrás de melhores preços de visto e todos agora serão de múltiplas entradas.

Pesquise - http://www.canadaparabrasileiros.com/visto-canadense/o-pedido-de-visto-mudou-vac

2. EXCELENTES CURSOS E FACULDADES

Feira de livros a CAD 1,00
Em Montreal existem universidades onde se falam inglês e outras, francês.
Uma delas é conhecida mundialmente e recebe diversos estudantes, incluindo dos USA.
São diversas universidades em todo o país com diversas especialidades.
Diversos cursos também que mantém padrão de agências reguladoras do Canadá.
Um lugar apropriado para se fazer um mestrado ou um doutorado.
A universidade McGill é a mais antiga do Canadá e uma das melhores do mundo, com cursos de idiomas para estrangeiros universitários e cursos diversos.
A escola Internacional de Línguas do YMCA-Quebec está em Montreal e além dos cursos intensivos de francês e inglês, ensina mais uns 6 idiomas.


3. O CLIMA - ISSO MESMO! O CLIMA É UM PONTO POSITIVO

O país é preparado para conviver com o famoso inverno canadense.
OldPort e seus restaurantes nas calçadas
No leste canadense, as temperaturas são mais extremas - de -30ºC a +30ºC. De abril a setembro quase não há mais neve. São 6 meses de temperaturas amenas e até muito quentes no verão. Todo mundo sai às ruas, aos parques, tudo se renova, as árvores florescem de repente e tudo fica florido. A cidade muda de cara e soma-se a isso uma enormidade de atividades e festivais, shows, apresentações e atividades externas gratuitas.
O top do verão é o Festival de Jazz, o segundo maior do mundo e o Festival internacional de fogos de artifícios.

Pesquise - http://www.montrealjazzfest.com/program/concerts-serie.aspx?serie=1217

                   http://montreal.about.com/od/montrealevents/a/fireworks_mtl.htm

4. AS ESTAÇÕES


No Canadá, as estações inverno e verão são bem definidas. O outono e a primavera também, mas são bastante curtas. De qualquer forma, são maravilhosas e tudo muda de cor.
Festival das Tulipas de Ottawa

Em abril o inverno começa a terminar na região leste enquanto que na região oeste provavelmente as flores já surjam. Ainda pode-se ver alguma nevasca em Montreal e Quebec e a neve ainda está acumulada nas ruas. Mas a "primavera florida" estará chegando em questão de dias e sem a gente perceber.

Na primavera, as flores especiais da estação nascem formosas, firmes, cheias de cores e impressionam pela beleza e variedade. Acontece o Festival das Tulipas em Ottawa na beira do Canal Rideau e o Jardim Botânico de Montreal fica repleto de tulipas.

Rio Saguenay, ao norte da cidade de Quebec
Já no verão, as terras do Quebec profundo, no Parque de Saguenay, são repletas de florestas típicas, lindas e ricas de vida. O verão é quente nas regiões próximas as grandes cidades, chegando aos 30ºC ou até mais. Mas dura menos de 1 mês - julho. Sem ar condicionado na maioria dos lugares, não é preocupante. As noites são agradáveis e as atividades ao ar livre são quase obrigatórias - quase todas gratuitas. As ruas ficam cheia de gente, caminhando e aproveitando os dias longos.



No Parque de Laurentides, também no Quebec, as estradas cruzam a paisagem com muita suavidade. O clima é agradável e fresco à noite. Quase sem acidentes, as estradas são duplas e perfeitas. Aproveite as meia estações.
O Outono é vislumbrante e deixa qualquer 
um de boca aberta. Se a cidade estava
 triste e branca no inverno, colorida na 
primavera e no verão, fica vermelha 
e laranja no outono ... e se prepare 
- as temperaturas caem vertiginosamente.


Então, aproveite o Canadá em qualquer época e se puder viaje muito, de carro, de trem, de avião!!!!

Pesquise - http://weather.gc.ca/

5. O TURISMO

Apresentação no Fort na Ile de Sainte helene
Festival Internacional de Fogos de Artifícios
em Montreal
O Canadá, país desenvolvido, oferece todos os lugares possíveis e impossíveis para se passar um belo fim de tarde, um relaxante ou até aventureiro fim de semana - seja passeando nas montanhas, pelos rios, ou nas ilhas, ao norte, ao sul, nas cidades, nos parques.

Montreal é interminável, inesgotável e é impossível acompanhar o ritmo da cidade. Em Montreal, no Forte Stewart, localizado na Ilha Sainte Helene, pode-se ver uma exposição grande no Museu da Guerra e pode-se assistir a demonstração de guardas uniformizados, conforme a época da invasão. 

A cultura francesa e inglesa, que dominaram a região do Quebec, deixaram marcas importantíssimas - primeiros mapas, primeiras construções, comércio com índios e muitas batalhas na época da conquista.
- em Montreal, o Festival Internacional de Fogos de Artifícios - cada final de semana um país se apresenta ao som de músicas e seus fogos ritmados e milhares de pessoas nas proximidades do OldPort.

Destaque para Quebec e Ottawa, bem perto de Montreal

Na cidade do Quebec, outra cidade inesgotável no turismo, é a única cidade amuralhada da América do Norte, uma das mais antigas e com a influência francesa mais forte das maiores do leste. Seu centro histórico é bastante grande, rico de história, colorido, animado, chique, divertido, repleto de lojas e alguns desfiles e apresentações de circo que divertem quem passa por ali.
As paisagens de Quebec City (ou Ville de Québec) são de tirar o fôlego. Passei uma semana por lá e ainda foi pouco para conhecer tudo, aproveitar e ver tudo. Acabei voltando mais duas vezes. 

Em todas as cidades, os festivais acontecem - em Ottawa, o Dia do Canadá (01 de julho) é o que existe de mais empolgante!

Um dos mais caros hotéis do Canadá, Le Chateau Frontenac (Fairmont Hotels and Spa), na cidade de Quebec - um luxo só!!!
Baie Ste Catherine



O mais divertido é que se a gente quiser entrar, não tem problema nenhum - visite - lógico que apenas o saguão. Passe umas tardes por ali, caminhe e percorra tudo, suba as escadarias ou desça até a cidade velha baixa.

E se tiver muita sorte, no verão, assistirá um show do Cirque de Soleil. Tudo de graça! Vai demorar 2h na dila, mas a entrada de mais de 5 mil pessoas e o término do show acontecem na mais pacífica organização.




Ottawa por outro lado, menor que Montreal, não é menos festiva e importante ao visitante.

Lá está o maior museu da história do Canadá. Precisa ser visitado para se entender como tudo começou e saber que os vikings chegaram por lá por volta do ano 1000 DC. Desde aquela época os aventureiros e temíveis vikings se aventuravam em terras geladas.Em Ottawa, não deixe de visitar o Parlamento. Em Quebec também. 
Parlamento de Ottawa - capital do Canandá

E na província do Quebec, na desembocadura do Rio São Lourenço, 3h de ônibus ao norte da cidade de Quebec, você poderá ver as baleias, entre os meses de maio e setembro. è um dos mais importantes berçários de baleias do mundo - você pode pegar um barco em Baie Ste Catherine, antes de chegar à cidade de Tadoussac, ao norte da região de Charlevoix, uma das mais belas do Canadá.O passeio demora umas 3 horas e...prepare os casacos porque mesmo no verão, a região é congelante. Se for desprevenido, como eu, não se preocupe, por uns 25 dólares você pode comprar um belo casaco dentro do barco de 3 pisos, tomar um café ou um chocolate bem quente.


Em Montreal, vá ao Velho Porto e a Cidade Velha. O Canadá é cheio de história. Em Quebec, está o museu da história do Quebec, chegada dos franceses e depois dos ingleses; em Ottawa o museu da história do Canadá desde seus primeiros moradores - fique tranquilo porque dura de 2 até 6 horas, dependendo de sua disposição! Em geral, sempre há de 3 a 4 exposições internacionais diferentes. No Parque Olímpico de Montreal, encontram-se diversos outros atrativos - o Biodome (zoo), o Planetarium novo, o Jardim Botânico e o Insectarium. Dedique um dia a cada um, sendo que espere sempre exposições diferentes em cada um deles. 
Basílica de NotreDame 
de Montreal


Ali também, é local de jogos, de cinema e de concertos ao vivo. 

Na cidade de Montreal, acontece também a corrida de Fórmula 1 no circuito Gilles Villeneuve- na ilha artificial de NotreDame. No centro da cidade, o agito é grande. 
No OldPort, cada final de semana pode-se fazer coisas diferentes, passear por diversos lugares, caminhar e até pegar um barco e passear pelo rio, vendo o por do sol atrás da cidade. O anoitecer na Cidade velha é lindo - as luzes mudam as ruas de cor e a Basilica de NotreDame parece ser "apenas um paredão" suspenso o céu se confunde com as luzes nas aberturas 







6. ALIMENTAÇÃO

Em algumas oportunidades, que ia ao Canadá me perguntava - "será que tem feijão preto no Canadá!? Tem pão de queijo?".
Acredito que, depois de viajar um pouco por aí, a gente deveria se adaptar aos costumes dos lugares onde a gente vai. Quando pequena, quando íamos ao Chile, encontrávamos lá, eu e meus 4 irmãos, coisas boas e deliciosas que nos ajudavam a passar bem, sem passar fome, sem manhas nem rejeições.
Smoked meat
 - típico do Quebec
Mas isso nem sempre é fácil, dependendo do lugar. Se a gente for talvez num lugar muito distante, de difícil acesso ou a países de cultura muito distinta, ainda procurando, talvez a gente não encontre muitas coisas agradáveis ao paladar. São costumes, hábitos, sensações, paladar. 
Hoje em dia, onde a gente consegue achar brasileiros em qualquer lugar do mundo, assim também é com a comida. Ainda mais no Canadá, um país com uma enorme diversidade multicultural. Existem canais e rádios nos idiomas dos diversos grupos que residem no país. Nos supermercados, você achará especialmente comidas indianas, árabes e chinesas - algumas até prontas para serem levadas para a casa. 
É tudo muito diversificado. Fui comprar café e, apesar de me sentir especialista, me confundi toda, com sabores e origens. Feijão, grãos não faltam. Pães, biscoitos, você vai se perder nos hipermercados ou supermercados ao alcance de todos. 
Aproveite muito as frutas 
e legumes da estação.
Além de serem baratos, 
são saborosíssimos.
E não perca as oportunidades 
pois em 1 semana 
podem custar o dobro, 
com a mudança da estação.
Os frutos do mar, os peixes, como o salmão, tem preços ótimos. 
Frutas como blueberry, blackberry, rosberry, cerejas, pêssegos, alguns importados. Prefira, os produtos locais, produzidos na região. As bananas do equador não tinham gosto.

Ou seja, não se preocupe com o que comer, se estiver disposto a percorrer supermercados e feiras.

Mas falando de café, é diferente do que no Brasil, e ainda diferente do café colombiano, mais suave que o brasileiro. O Canadá é um dos maiores consumidores de café. Existe uma rede canadense que só existe no Afeganistão, para atender os soldados - Tim Hortons (ex-jogador de hoquei - a paixão nacional). Tomei café canadense (com gosto de canadense) o tempo todo e provei muitos tipos, mas senti uma diferença absurda quando cheguei no Brasil. 
Qualquer emergência - Nescafé - é mundial!!!


7. O CUSTO DE VIDA
Alguns levam sucos

É dificil dizer que é igual ao Brasil, mas confesso que nos lugares mais caros do Brasil chegam aos preços do Canadá tranquilamente.

Se levarmos em conta que no Rio Grande do Sul você consegue comer um legítimo churrasco (espeto corrido) por 60,00 reais, e o mesmo ou parecido custa o dobro em São Paulo ou no Rio de Janeiro, então, não posso dizer que o Canadá é muito mais caro.
Se tivesse que comprar, compararia o que uma amiga casada me disse -"gasto o dobro no supermercado, mas nem olho o preço do que compro". Calculei uns 300 reais de supermercado por mês, para não faltar e poder comer na rua na hora do almoço (lanche). O Subway é um dos lanches mais baratos: 7 dolares canadenses. Cheguei no Brasil e levei um susto com o McDonald's por 25 reais, dependendo do lanche.
O negócio é tomar cuidado. Eu adoro sopa, caldos - uns 10 dólares canadenses. Café preto pelas manhãs não podia faltar - 5 dólares. Por esse valor, comprava sachê de café e biscoitos. Só comprava água quente e mesmo assim, muitos por lá, fazem em casa e já saem tomando pela rua, especialmente, nos dias frios.

8 FACILIDADE DE IR E VIR

A cidade de Montreal tem todas as facilidades que tem as demais cidades do Canadá - bicicletas para serem alugadas, pintas especiais, malha ferroviárias e rodoviária totalmente disponíveis e acessíveis e metrôs. Tudo está vinculado. 
Montreal é uma ilha grande com um morro no meio. a rede de metrô atende todas as áreas, inclusive atravessando o Rio São Lourenço direção norte e sul, por baixo.
As bicicletas podem ser alugadas pela internet e pagas com cartão, mas não podem ser alugadas por mais de 1 hora (dependendo) até 40 minutos. Esse é o tempo suficiente para que a pessoa vá de um lugar a outro, devolva a bicicleta e caminhe ou pegue outro meio de transporte.Mas o serviço é muito bom. Se for morar por lá, compre uma usada - sempre tem gente indo embora, estudantes que vão e voltam.
Estação Bonaventure

Na estação de metrô Bonaventure, uma das principais, está conectada a estação rodoviária interurbana da região metropolitana sul de Montreal.


Metro Montreal - 4 linhas - a vermelha
ainda não está construida

Promenades
Mas é em Montreal que se encontram as Promenades, galerias subterrâneas com cerca de 15km de corredores em formato de shoppings, que percorre o centro da cidade, com acesso ao metrô e às lojas do comércio. Ou seja, tudo excelente para se circular por tudo em pleno inverno rigoroso sem nenhum problema.
O metrô funciona até 1 da madrugada. Os ônibus funcionam 24 horas, mas depende até onde necessita chegar. Se não, só taxis e cuidado que pode não achar.
Se estiver perdido, não se preocupe pois existem mapas para todas as linhas de ônibus com horários exatos e trajeto imutável. 
Existem centrais de paradas de ônibus que unem bairros e cidades fora de Montreal, com policiais e fiscais sempre por perto. 
A facilidade de ir e vir para qualquer lugar é invejável. Segurança completa e tranquilidade. Mas nada de andar por onde você não conhece.
Passagem subterrânea da Estação Bonaventure
Nos eventos gigantes - estive em vários deles, um com mais de 30mil pessoas num lparque e nas apresentações do Festival de Fogos, em local mais aberto - a polícia faz um mutirão nas estações de metrô para controlar o fluxo e evitar abusos. Mas tudo é cheio de cameras e a multidão sem movimenta sem absolutamente nenhum incidente. Mas em dias normais, o movimento é sempre baixo.
Ande de noite pela cidade, especialmente pelo centro,
sem absolutamente nenhum problema.
Existem muitos brasileiros morando em Montreal e muitos mais em Vancouver. Durante os protestos no Brasil em 2013, participei dos protestos na Praça du Canadá, no centro da cidade, onde haviam uns 300 brasileiros.
A liberdade de usar vestimentas, falar seu próprio idioma é normal e respeitada.
Os canadenses recebem muito bem quem chega de fora, são atenciosos e muitos deles, residentes, também são de outros países.
Com a crise de 2008, muitos franceses chegaram a província de Quebec.
Cortei meu cabelo num salão perto da residência estudantil onde estava e entrei na sorte.
A senhora simpática e com roupas parecendo serem indianas, era de Bangladesh. Conversamos um pouco sobre o país dela e pronto. Nunca imaginei que uma mulher de Bangladesh cortasse o cabelo exatamente do jeito que eu queria.